Reflexão sobre
O Estrangeiro, de Albert Camus
(1º esboço)
A primeira parte fala-nos um pouco sobre a vida do senhor Meursault, e toda a obra está escrita na primeira pessoa.
A história começa com a morte da mãe, e toda a primeira parte se refere à vida deste homem após a morte da sua mãe. Ele age como se nada de grave tivesse acontecido e prossegue com a sua vida normalmente com os seus amigos. É claro que não se sentiu totalmente indiferente, foi ao funeral da sua mãe, mas aos olhos de muitos foi insensível.
Na segunda parte, Meursault é preso por ter morto um árabe com cinco tiros. Toda esta parte é desenrolada na prisão com interrogatórios, o julgamento e o seu final trágico, a condenação à morte.
Este é um romance que considero um pouco estranho, a obra é bastante descritiva e a personagem é bastante pensativa, atenta aos pormenores. Não fala por falar e é sempre verdadeiro. Dá-nos a entender que o amor tem pouca importância, como vimos quando Maria, uma das personagens, lhe perguntou se a amava, ele respondeu que isso nada queria dizer, e quando lhe falou em casamento, respondeu que isso pouco importava. Estas são respostas estranhas e confusas, mas para ele nada disto era importante. Apenas se importava com o dia de hoje e o de amanhã e passava a maior parte do seu tempo a analisar tudo o que o rodeava, mesmo quando as pessoas falavam com ele. Na prisão matava o tempo com todas as suas recordações e refletia. No julgamento foi condenado à morte, mas, naquele preciso momento, isso pouco o afetou. Só mais tarde é que começou a refletir durante bastante tempo e percebeu que afinal andou toda a sua vida à espera da morte e que todos nós vamos ter este final, independentemente daquilo que fizemos no dia a dia. Todas as suas repostas, por vezes inteligentes, causavam certo desconforto em muitos e não o compreendiam da melhor maneira, mas ele compreendia sempre os outros com o seu raciocínio.
Este não é um livro igual a tantos outros, é um livro que nos leva a refletir sobre a perspetiva de vida de um indivíduo, construída com os acasos da mesma, e com ele, vamos pensando se a nossa forma de encarar a vida não deverá ser diferente.
Henrique da Silva Carmo, nº6, 11º B
O Estrangeiro motivou a composição de uma letra e música pelos The Cure.
Assiste ao vídeoclip seguindo este link.
Aceda à letra "Killing an arab", The Cure. Clic aqui.
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A biblioteca possui esta obra na sua versão original em língua francesa.
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CAMUS, Albert, L' étranger. U. R. R. S. : Gallimard, 1971 (Folio)